sábado, 25 de junho de 2011

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EaD


Rosangela Hermani Alves Pacifico,
Especialista em Práticas Pedagógicas, Educação Básica e Gestão Escolar
Licenciando em Letras-Espanhol - UFSC

José Elias de Jesus,
MBA em Gestão Estratégica
Pós-Graduando em Tecnologia e Educação a Distância - UNC
Licenciando em Letras-Espanhol - UFSC


A luta por uma educação de qualidade tem sido primordial num país de dimensões continentais como o Brasil. Muitas estratégias foram utilizadas para que se disponibilizasse, à todos, esta tão necessária qualidade. Uma destas estratégias foi a educação a distância, que no Brasil não é algo tão novo. Barreto (2004 apud Costa 2006) informa que "a primeira proposta de educação a distância na esfera do ensino superior surge em 1972, por parte do Ministério da Educação (...)". Considerando que o artigo 80 da LDB já estava regulamentado pelo Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005, passou-se a discutir a criação da UAB – Universidade Aberta do Brasil, ocorrendo sua instituição através do Decreto 5.800, de 08 de junho de 2006. Pires (2001 apud Moreira 2008) infere que as primeiras experiências de uso da EaD passaram a ser difundidas a partir de iniciativas de educadores e professores das Instituições Públicas de Ensino Superior, mas, atualmente, mais de 63% (Folha de São Paulo, 08/07/2001) dessas demandas são atendidas por IES privadas que estão querendo, também, oferecer outras alternativas como a EaD. O citado Decreto 5.622/2005 equiparou os cursos em ambiente EaD aos cursos presenciais, validando, nacionalmente, os diplomas e certificados emitidos por instituições de ensino regulares, cujos cursos foram devidamente autorizados pelos órgãos educacionais aos quais estão vinculadas.
Diante de tantas inovações necessárias à esta nova modalidade de ensino e aprendizagem, Costa (2006) cita experiências das Instituições Federais de Ensino, a exemplo da UFSC, afirmando que "(..) em muitos casos, a forma de institucionalização da EAD não segue uma racionalidade e nem modelo definido, mas é relativo em função do início do seu percurso".
Mas, o que é, exatamente, esta tal de Educação a Distância? “É o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes”. (MORAN, 2011). Contudo, cremos que a fundamentação pedagógica para a educação a distância deva ser baseada na idéia de ensino por competências, onde o docente passa a ser um orientador para que o aluno construa seu conhecimento. Essa abordagem pedagógica é necessária, em função do caráter eminentemente construtivista da EaD e a forte vinculação com as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC's.
Todavia, faltam docentes que possuam este perfil, ou seja, que compreendam as metodologias e objetivos da EaD e saibam aplicá-las, além da antiga e atual falta de professores nas fases iniciais da vida escolar do povo brasileiro. Tornou-se, então, necessário unir as duas problemáticas, ou seja, formar novos professores e capacitá-los no uso das ferramentas da EaD. Neste contexto, Carvalho e Silva (2006) afirmam que "a formação do professor em uma modalidade com inserção tecnológica embutida na própria metodologia do curso será capaz de fazer uma diferença significativa em sua atuação na Educação Básica". Em relação às políticas Públicas direcionadas à formação de professores através da EaD, o MEC instituiu o Pró-Licenciatura - Programa de Formação Inicial para Professores dos Ensinos Fundamental e Médio. Carvalho e Silva (2006) informam tratar-se de “um Programa de formação inicial voltado para professores que atuam nos sistemas públicos de ensino, nos anos/séries finais do Ensino Fundamental e/ou no Ensino Médio e não têm habilitação legal para o exercício da função (licenciatura)".
Infelizmente, muitos professores formados nesta modalidade, ao chegarem à sala de aula, não modificam sua prática, ou seja, continuam com o mesmo fazer educacional do século passado, quando buscava-se transferir conhecimento ao aluno. Nos tempos atuais, na chamada era da tecnologia, da “geração X”, a modalidade EaD somente será eficaz se nós, docentes, nos conscientizarmos que devemos focar o ensino-aprendizagem, onde o aluno passa a ser o centro do processo na construção do seu conhecimento, através da apropriação cultural das TICs e da utilização das ferramentas da web 2.0, conjugadas com suas habilidades intelectuais, para, através da pesquisa e do estudo, melhorar e/ou construir conceitos. Neste processo, nós, docentes devidamente preparados, assumiremos o papel de um eficaz orientador.
Como ocorre com toda mudança, a EaD vem causando várias manifestações, favoráveis e desfavoráveis, além de abrir vários questionamentos. Neste contexto, Carvalho (2009) nos remete a uma questão importante, ao indagar que “uma vez garantindo a acessibilidade aos professores, mudando completamente os paradigmas de sua formação, conseguiremos transformar sua atuação no ambiente escolar? Estaremos construindo uma nova forma não apenas de atuação do professor, mas sim de gestão escolar? A opção por uma metodologia a distância garante as transformações nos paradigmas individuais?”. Obviamente, trata-se de um contexto ainda a ser atualizado, posto que não basta apenas formar docentes na modalidade EaD. As estruturas pedagógicas deverão ser adaptadas a esta nova realidade, apresentando-se ao novo docente um arcabouço de possibilidades materiais para que ele possa por em prática esta metodologia educacional. Castro (2011) adverte, inclusive, que “(...) convém refletir sobre o tipo de educação que se quer desenvolver e, especialmente, para quem quando tratamos de políticas públicas neste país. A que público esse meio estaria associado e que proposta pedagógica estaria a ensejar? No que concerne a realidade brasileira, não há como não levar em conta tal contexto, o da distância, como elemento fundamental da EAD, tendo em vista as diferenças de acesso a tecnologias entre as diversas regiões e os diferentes padrões de vida”.
Questionando a eficácia da EaD, Giolo (2008) argumenta que “(...) a persistir a tendência que se acentua a cada dia, o Brasil poderá, no curto prazo, ver espaços universitários (os destinados às licenciaturas, por exemplo) sendo substituídos por pólos de EaD, nos quais a movimentação de pessoas é pequena e o da cultura elaborada menor ainda (...)”. O autor continua sua insatisfação afirmando, inclusive, que “(...) a formação de pedagogos a distância deveria, talvez, se restringir à formação de pessoas interessadas em se preparar para ensinar a distância. Professores para o ensino presencial deveriam ser formados em cursos presenciais, salvo os casos em que se tratar de professores em serviço e não havendo formas presenciais ou mistas possíveis de serem oferecidas (...)”. A nosso ver, esta incoerência apontada pelo autor, rotulando competências e criando fronteiras, impondo barreiras, limites e distinções entre o docente com formação presencial e o em ambiente EaD, nos leva a repensar o fazer educacional relacionado ao processo de ensino e aprendizagem, pois, muitos de nós professores, independente da modalidade de formação, possuímos grandes dificuldades em compreender estas evoluções, a passos largos, da nossa realidade educacional. Por conta de certas competências que ainda não desenvolvemos, ou de habilidades que nos falta adquirir, não nos adaptamos fácil e rapidamente às mudanças. Então nos surge a indagação: o que há de errado? Cremos que o desenvolvimento do professor e os processos de aprendizagem podem, através da correta apropriação do fazer educacional, encontrarem as deficiências deste paradoxo e apontar as soluções adequadas.
A educação, presencial ou a distância, ainda é o grande diferencial neste mundo globalizado. Certamente, ambos os modelos necessitam de aprimoramentos e adequações frente à nova realidade onde, de um lado, temos seres tão abastados de recursos e habilidades e, doutro lado, tantas carências e tantas competências e habilidades a serem afloradas. Entendemos que as dificuldades não estejam somente no modelo de educação na qual o professor foi formado. Temos que considerar, com muita propriedade, as características e as peculiaridades de cada aluno, pois, se não o temos como centro deste processo de ensino-aprendizagem, muito pouco adiantará em qual modelo nos formarão docentes. A falta de "cultura elaborada", ao qual refere-se Giolo, está presente em ambas as modalidades. Basta observar o perfil dos egressos nos mais diversos cursos. A deficiência não está no modelo mas, sim, no processo.
Obviamente, ainda há muito o que se aperfeiçoar, não somente quanto à legislação e a metodologia mas, principalmente, no tocante ao aprimoramento cultural dos nossos docentes, notadamente aqueles que, como nós outros, são frutos da formação básica e acadêmica buriladas nas metodologias do século passado. Precisamos reaprender a sermos compartilhadores, disseminadores do conhecimento, neste novo processo de ensino-aprendizagem, e nos apropriarmos culturalmente das TIC's, enquanto ferramentas para o ensino e a aprendizagem, e não apenas sermos meros mastigadores de livros e apostilas. Temos que formar pensadores críticos e não simples seres alienados, robotizados. Neste contexto, cremos que estamos no caminho certo, muito embora ainda estejamos a passos curtos, aliás, muito curtos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf. Acesso: 05 jun 2011.
CARVALHO, Ana Beatriz Gomes. A Educação a Distância e a Formação de Professores na Perspectiva dos Estudos Culturais. Paraíba, 2009. 220 p. Tese (Doutorado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Federal da Paraíba.
CARVALHO, Ana Beatriz e SILVA, Eliane Moura. Políticas Públicas em Educação a Distância e a Formação de Professores no Estado da Paraíba. In: IV SEMINÁRIO REGIONAL DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO NORDESTE, 2006.
CASTRO, Flávio. Educação a Distância e Políticas Públicas no Brasil. Uma Experiência do Núcleo de Educação a distância da Universidade de Brasília. Disponível em: http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=41. Acesso: 20 mai 2011.
COSTA, Maria L. Furlan: Ensino superior a distância no Brasil: Políticas públicas e estratégias de gestão. Disponível em: http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/comunicacio.php?id=374&llengua=ga. Acesso: 21 mai 2011.
GIOLO, Jaime. A Educação a Distância e a Formação de Professores. Educ. Soc., Campinas, vol. 29, n. 105, set/dez 2008, p. 1211-1234. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v29n105/v29n105a13.pdf. Acesso: 20 maio 2011.
MORAN, José Manuel. O que é educação a distância. Publicação online. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Acesso: 15 mai 2011.
MOREIRA, João Roberto. A EaD no Ensino Superior . Publicação online: 05 fev 2008. Disponivel em: http://www.college.com.br/artigos/a-ead-no-ensino-superior. Acesso: 20 mai 2011.
PIRES, Hindenburgo Francisco. Universidade, Políticas Públicas e Novas Tecnologias Aplicadas à Educação a Distância. Revista Advir, Rio de Janeiro, n. 14, 2001, pp.22-30.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Rede de Contatos do Pólo de Itajaí



Conforme a ideia iniciada pelo nosso colega José via email, resolvemos montar uma rede de contatos do pólo.
Para tanto, foi criado no Fórum ¿Qué Pasa? da Disciplina de Língua Espanhola (disponível no endereço http://ead.moodle.ufsc.br/mod/forum/discuss.php?d=18029#p230295).
Vamos trocar contatos!

Abraço!

Felipe Severino

domingo, 5 de junho de 2011

Ensino de Língua Estrangeira vai além da gramática


Para aprimorar o ensino de Inglês e Espanhol, o ideal é usar textos diversos, valorizando a interação e as situações reais de comunicação

Os jovens - sejam japoneses, franceses, angolanos, brasileiros ou mexicanos - vêem os mesmos filmes, curtem as músicas de sucesso internacional, lêem os best-sellers e acessam ao mesmo tempo as páginas da internet. E fazem tudo isso usando, além da língua materna, o inglês e também o espanhol, que amplia cada vez mais seu alcance. Por isso, o ensino de Língua Estrangeira vem se modificando (confira a linha do tempo no quadro abaixo) e hoje busca, como principal objetivo, fazer com que os estudantes participem ativa e criticamente de um mundo com fronteiras diluídas no que diz respeito ao acesso à informação.
"Os alunos têm, sim, interesse em aprender outro idioma a fim de entender as letras das canções e poder cantá-las e se comunicar via internet", explica Deise Prina Dutra, formadora de professores de Língua Estrangeira na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As pesquisas mais recentes no ensino das disciplinas estão vinculadas à perspectiva sociointeracionista (leia mais sobre outras formas de ensinar no quadro "Metodologias mais comuns"), defendida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Essa visão leva em conta as necessidades dos alunos. "Sempre se deve perguntar por que o brasileiro precisa aprender outra língua e para quê", diz Maria Antonieta Alba Celani, pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e uma das autoras dos PCNs.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/alem-gramatica-426788.shtmlPostado por Maise Costa


sábado, 4 de junho de 2011

EL IDIOMA ESPAÑOL.

En muchas lecturas sobre el idioma, esta particularmente me llamo mucho la atención, les paso la dirección para que puedan compartirla.

José Antonio Vázquez.

El idioma de los inmigrantes hispanos en los EE.UU.
El español en la Internet.
La discusión sobre la situación del español en el mundo.

Horacio Quiroga.

Horacio Quiroga nació en el Salto uruguayo en 1879 y murió en Buenos Aires en 1937. Inició su carrera literaria con un libro de poesía, Los arrecifes de ...

La Tortuga Gigante
(Horacio Quiroga)

            El cuento trata sobre un hombre mayor al cual el doctor le diagnostica una enfermedad, por lo cual le recomienda ir al campo. El viejo no quería ir porque tenía hermanos y él los mantenía. Un amigo que era el director de un zoológico se ofreció a cuidarlos si el prometía enviar pieles de animales salvajes cazados en la selva donde el viviría. Así que él partió hacía la selva, donde se traslado a un monte y dormía debajo de los árboles y palmeras del bosque, en las mañanas casaba toda clase de animales que comía y enviaba sus pieles a su amigo del zoológico, también comía frutas. Cierta mañana despertó con mucha hambre, se dirigió a una laguna, en su orilla vio a una tortuga y a un tigre; se acercó a ellos y el tigre lanzó un fuerte rugido al tiempo que se lanzó al hombre, pero como él tenía una excelente puntería le disparó con la escopeta en medio del cráneo del pobre tigre, luego pensó que se comería a la tortuga gigante. Cuando se acercó a la tortuga vio que ya tenía una herida en el cuello y que la cabeza estaba muy afuera del caparazón. El hombre se compadeció de la tortuga y en vez de comerla la curó y ayudo a sanar colocándole vendas, dándole agua y comida. Cuando ella sanó quedo muy agradecida con el hombre y fue entonces cuando el hombre enfermó con una fiebre altísima. La tortuga en forma de agradecimiento decidió acompañarlo y curarlo hasta que se recupere; le daba toda clase de cuidados, le hacia beber agua y comer frutas y yerbas del suelo que encontraba la tortuga. A pesar de esto el hombre seguía con fiebre y alucinaba con sus hermanos, y con la ciudad en donde vivía, y diciendo que solo en el pueblo se curaría. De pronto una mañana se recuperó y vio a la tortuga creyendo que era una coincidencia, pero dijo que si volvía a enfermar se moriría porque solo en la ciudad tienen los medicamentos para curarlo. Efectivamente, en la tarde volvió a enfermar de fiebre y tenía alucinaciones en las que decía que se moriría porque no hay los medicamentos que están en la ciudad para curarlos. Así que la tortuga gigante que no se había ido decidió llevarlo atado en su caparazón a la ciudad para que se recupere. Emprendió la travesía que nunca había hecho pero que no la detendría, y decidida empezó a caminar por el bosque. Cruzo toda clase de terrenos, ríos, etc. El hombre entre alucinaciones no sentía el recorrido y seguía diciendo que moriría porque no estaba en la ciudad, entonces la tortuga sacaba fuerzas para aumentar el paso, casi no paraba para descansar ni comer ni beber agua. Una noche cansada se detuvo bebió y comió algo, y siguió con el camino pero aún seguía cansada, unos metros después se detuvo porque sentía que ya no podía, se lamentaba diciendo que aquel hombre que le había salvado la vida iba a morir porque no lo pudo llevar a la ciudad. Cuando un ratón que pasaba se burló de la tortuga diciendo que la ciudad estaba a unos metros de una pequeña loma, entonces la tortuga corrió, como puede hacerlo una tortuga, contenta y revitalizada con el hombre en el caparazón. Increíble pero la tortuga logro recorrer trescientas leguas. De pronto el director del zoológico reconoció a su amigo y consiguió los remedios y lo curó. Cuando supo quien lo había llevado a al ciudad se conmovió, y se convirtió en el mejor amigo de la tortuga que ahora habita en el zoológico de Buenos Aires en donde la va a visitar todas las tardes mientras dan un paseo.

JUEGOS Y CANCIONES PARA LOS NIÑOS

JUEGOS Y CANCIONES PARA NIÑOS

Um mundo nuevo para los niños, que puedes usar en tus clases de español. Existe también un mundo nuevo en la literatura para los más pequeños.


José Antonio Vázquez Jorge

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Poema de Pablo Neruda

Poema 1 

Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.
Fui solo como un túnel. De mí huían los pájaros
y en mí la noche entraba su invasión poderosa.
Para sobrevivirme te forjé como un arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.
Pero cae la hora de la venganza, y te amo.
Cuerpo de piel, de musgo, de leche ávida y firme.
Ah los vasos del pecho! Ah los ojos de ausencia!
Ah las rosas del pubis! Ah tu voz lenta y triste!
Cuerpo de mujer mía, persistirá en tu gracia.
Mi sed, mi ansia sin limite, mi camino indeciso!
Oscuros cauces donde la sed eterna sigue,
y la fatiga sigue, y el dolor infinito. 


(Veinte poemas de amor y una canción desesperada)


(Maria Inés )